Há um ano, a 14 de março de 2019, o ciclone Idai atingiu Moçambique, deixando um rasto de destruição significante nas províncias de Sofala, Zambézia, Manica e Tete.
Perante a situação de calamidade e a necessidade de partir para a ação, a FEC – Fundação Fé e Cooperação, FGS – Fundação Gonçalo da Silveira e VIDA, três ONGD portuguesas com presença e trabalho em Moçambique, juntaram-se para preparar uma resposta integrada e concertada na província de Sofala, iniciando uma campanha de recolha de donativos em Portugal.
Combinando competências e recursos, bem como a sólida experiência de intervenção em áreas complementares, foi definido um projeto para o período pós-emergência com diversos parceiros no terreno e com o Camões – Cooperação Portuguesa.
Um ano após a passagem do ciclone Idai:
- Realizámos um levantamento de necessidades reais no terreno em articulação com os parceiros e autoridades na região, que ajudou a identificar ações prioritárias;
- Iniciámos o processo para a reconstrução da escola Manga Mascarenhas, na Beira, tendo concluído todos os procedimentos legais e administrativos necessários. Esperamos até ao final de março, iniciar as obras de reconstrução;
- Entregámos material administrativo e equipamento informático à escola Santos Inocentes, na Beira;
- Entregámos material de higiene e saneamento para o espaço escolar em cinco escolas da Beira;
- Apoiámos a realização de sessões de sensibilização em Apoio Psicossocial, de acordo com o Manual elaborado pelo Ministério da Educação e pelo Cluster da Educação, que forneceu ferramentas aos educadores/professores para se tornarem aptos para apoiar as crianças em situações de crise e calamidade.
Este ano, iniciámos ainda a 2ª fase do “Somos Moçambique” que pretende dar continuidade à intervenção iniciada na fase pós-emergência, e na qual serão aprofundadas diversas atividades com o objetivo de reforçar a capacidade de resiliência e de autossuficiência das famílias do bairro Manga-Mascarenhas, através do reforço das suas estruturas de educação, saúde e do desenvolvimento de capacidade de cooperação.
Esperamos com esta intervenção reduzir a vulnerabilidade destas famílias face a futuros desastres naturais.
O projeto “Somos Moçambique” (fases 1 e 2) é cofinanciado por:
Camões – Cooperação Portuguesa, Campanha Somos Moçambique em Portugal, Fundação Calouste Gulbenkian e Fundo de Apoio à Reconstrução de Moçambique.