No dia 7 de janeiro de 2023, realizámos a formação “Natureza de Ensinar: Como integrar os espaços verdes no ensino” para professores/as do ensino básico e secundário, com o objetivo de inspirar e potenciar o ensino e a aprendizagem a partir destes espaços. A formação foi dinamizada pelos biólogos António Alexandre e Diogo Mendes.
Durante a manhã, abordámos temas como regeneração natural, Permacultura e educação fora da sala, à medida que visitámos a Hortinha, o Permalab e a FCULresta, espaços dinamizados pelo projeto informal de permacultura HortaFCUL. No período da tarde, os/as docentes foram desafiados a criar, em conjunto, atividades a desenvolver nos espaços verdes escolares, integrando-as no ensino dos conteúdos programáticos. Foram ainda produzidos materiais distribuídos pelos/as participantes que compilam as Éticas e Princípios da Permacultura, e que indicam igualmente princípios para guiar as reflexões ao longo deste dia:
- Todo o lugar pode ser uma sala de aula
- Todo o conteúdo pode ser ensinado em todo o lugar
- Toda a pessoa que aprende tem o seu lugar
- A aprendizagem autêntica surge quando o interesse pelo conteúdo, a sua utilidade e a forma como este é transmitido se cruza
- A aprendizagem autêntica consolida-se quando colocamos em prática os conhecimentos adquiridos
- Ensinar é compreender e explicar a Natureza
- Quanto mais frequente for o nosso contacto com a Natureza, melhor aprenderemos e ensinaremos
Esta atividade insere-se no trabalho que tem vindo a ser desenvolvido junto de quatro escolas secundárias da Grande Lisboa com a criação de espaços verdes resilientes, nomeadamente duas miniflorestas e duas hortas ecológicas.
O que destacam os/as professoras desta formação?
“A partilha de conhecimentos poderá permitir facilitar a realização de atividades práticas com alunos”
“A abordagem do tema no terreno, com a análise das diferentes etapas do projeto e respetivos resultados”
“O apelo a uma necessidade de envolver a comunidade – é do compromisso entre todas as partes que nasce um olhar e um cuidado face ao todo. Tudo isso implica negociação e cedência.”
“A permacultura como forma de vida. A substituição da proteína animal (refeições servidas) e as opções do dia a dia que estão ao alcance de todos para uma vida mais sustentável no combate às alterações climáticas.”