No âmbito do projeto UNDP Guinea Bissau Early Response to the COVID-19 Crisis, entre os dias 21 e 22 de dezembro decorre em Bissau a Formação em DHIS2 (District Health Information System 2) dirigida aos/às operadores(as) do Centro de Atendimento à COVID-19 (Call center), em colaboração com o INASA – Instituto Nacional de Saúde da Guiné-Bissau.

A formação decorre nas instalações do INASA, ministrada por Júlio Vieira (INASA/COES) e com o apoio formativo de dois facilitadores.

O DHIS2 é a maior plataforma HMIS (Health Management Information System) do mundo. Esta plataforma permite a gestão e armazenamento de informações de Saúde e tem diversas funcionalidades, sendo uma delas o Centro de Atendimento. A sua implementação na Guiné-Bissau partiu de uma decisão do INASA – Instituto Nacional de Saúde da Guiné-Bissau com o objetivo de automatizar o sistema de gestão e de armazenamento de informação em Saúde através das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC).

A nível nacional, a implementação deste sistema no Centro de Atendimento (Call center) permitirá a monitorização e o reporte de dados em tempo real, especificamente no que diz respeito à COVID-19. Este serviço representa uma verdadeira inovação qualitativa de registo e partilha de dados epidemiológicos, recolhidos no call center – até à data registados em formato escrito e inseridos numa base excel – potenciando a velocidade/qualidade de respostas aos casos identificados como suspeitos, a partilha e análise de informação integrada e, ainda, o rigor na informação recolhida.

Tratando-se de uma fase de aprendizagem, a implementação do sistema DHIS2 vai ser iniciada numa base de formação (Base de Dados tland). Esta primeira fase está integrada numa experiência-piloto monitorizada pela ONGD VIDA e pelo INASA, que durará até ao final do mês de janeiro de 2021. Durante este período, os(as) operadores(as) utilizarão, em paralelo, dois sistemas: o registo escrito diário de dados e sua inserção na base excel e o registo na base de dados de formação em DHIS2. Acrescenta-se também o processo de recolha de informações junto de diversos atores que trabalham na área da vigilância epidemiológica e na área clínica de resposta à COVID-19 (INASA, Alto Comissariado para a COVID-19, Organização Mundial da Saúde, Ministério da Saúde) que permitam realizar os ajustes necessários para que a base de dados responda eficazmente aos indicadores previstos.

Desde agosto de 2020, a VIDA está encarregue da supervisão do centro de atendimento (call center) para a COVID-19, no âmbito do projeto UNDP Guinea Bissau early response to the COVID-19 crisis, financiado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).